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Publicado em 17/05/2017 às 19:12
O Núcleo de Antropologia do Contemporâneo convida para sessão especial do ciclo Trânsitos Contemporâneos, com a estreia do documentário #Resistência, de Eliza Capai, seguida de mesa-redonda com Sandra Alves (cineasta), Paula Guimarães (site Catarinas), Mariah e Jordana (EE Simão Hess) e Maria Lucena Conte (Comitê Floripa Contra o Golpe VOLTA DILMA).
SEXTA – 19/5 – 17h30 – no Auditório do CFH
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Nota de repúdio ao Relatório Final da Comissão Parlamentar de Inquérito FUNAI-INCRA 2, de 02 de maio de 2017
Publicado em 09/05/2017 às 11:21O Departamento de Antropologia, comportando os cursos de graduação e pós-graduação, e o Conselho do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina, vêm publicamente manifestar sua perplexidade e indignação diante da solicitação de indiciamento por parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI FUNAI/INCRA 2), de nossos colegas antropólogos da UFSC e de ex-alunos, assim como de ex-diretor do atual Museu de Arqueologia e Etnologia desta universidade.
Externamos nossa solidariedade com os colegas da UFSC e com antropólogos/as de outras instituições, com as lideranças indígenas e quilombolas, ativistas, procuradores/as federais e estaduais, servidores/as públicos da FUNAI, do INCRA e de outras instituições públicas ligados à defesa dos direitos dos Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais, acusados sem fundamento e injustamente no Parecer do relator. Essas pessoas foram aviltadas inclusive quanto à falta de equidade, diante da impossibilidade de exposição e defesa de sua atuação no transcorrer do período de funcionamento da CPI (de 2015 a 2017).
Causa preocupação, e temerosa inquietação, que o relatório da CPI acuse e busque intimidar antropólogos da UFSC e de outras instituições em seu exercício profissional, ao mesmo tempo em que tenta constranger a atuação regular e institucional dos procuradores do Ministério Público Federal e Estadual que se empenham na defesa dos direitos indígenas e de comunidades tradicionais, conforme impõe e determina a Carta Magna brasileira. O esforço de parlamentares que integram a CPI em criminalizar o pleno e livre exercício científico é próprio dos sistemas totalitários e de estados de exceção, não devendo ser tolerado em um estado democrático.
É de conhecimento da sociedade brasileira o empenho de parlamentares ligados ao agronegócio, articulados em torno da Frente Parlamentar da Agropecuária, para restringir os direitos territoriais, políticos, sociais e culturais de indígenas, quilombolas e outros grupos tradicionais, assegurados pela Constituição Federal de 1988. Os renovados esforços em desqualificar a legislação vigente, como, por exemplo, o Decreto 1775/1996 (dispõe sobre o procedimento administrativo de demarcação das terras indígenas e dá outras providências), o artigo 231 da Constituição de 1988 (estabelece os direitos de ocupação tradicional) e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, ratificada pelo Brasil em 2004, legislação essa que sustenta e orienta a atuação legal dos acusados, culminaram com a criação da CPI FUNAI/INCRA (por duas vezes consecutivas), sob o argumento de investigar supostas irregularidades na atuação da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
As 3.385 páginas do Relatório final confirmam que as investigações dessa CPI de fato fazem parte de estratégias para retirar diretos e inviabilizar a regularização fundiária de terras indígenas e quilombolas. Ignorando que as demarcações são resultado de processos jurídico-administrativos nos quais os direitos de contraditório são assegurados, o Relatório propõe uma série de medidas para anular demarcações já realizadas de dezenas de terras indígenas e quilombolas, além de outras tantas unidades de conservação, assim como uma série de mudanças na nossa Carta Marga, retirando os direitos dos povos tradicionais aos seus territórios e propondo a extinção da Fundação Nacional do Índio.
Assim, como já manifestado anteriormente em Nota do Conselho Universitário da UFSC, (Cun/UFSC, 11/12/2015[1]), o Departamento de Antropologia repudia fortemente as solicitações de indiciamento e acusações desses parlamentares contra os profissionais da Antropologia desta e demais instituições, as quais distorcem fatos, invertem imagens, apresentam inverdades e lançam impropriedades, com o objetivo tácito de criminalizar e desautorizar a atividade profissional antropológica.
Do mesmo modo, reiteramos o alerta para a contaminação do exercício legítimo e democrático da investigação realizada no âmbito de uma CPI por interesses que extrapolam o domínio da instância pública e que estão associados a demandas de grupos econômicos privados. Uma CPI não pode ser usada para uma ofensiva desigual, violenta e inconstitucional contra os povos indígenas e quilombolas, desvalidando direitos assegurados pela Constituição de 1988; tampouco pode servir de instrumento para cercear o pleno exercício da ciência antropológica, ou de qualquer outra Ciência. Consideramos inadmissível a criminalização da atividade científica para atingir objetivos claramente políticos.
A UFSC garante a pluralidade ideológica, como parte universalmente reconhecida do ambiente universitário, e seus valores não estão associados a nenhum grupo de interesse partidário, mas somente aos do conhecimento científico, da democracia e da liberdade. Consideramos fundamental que se consolide em toda sociedade uma postura em favor da veracidade, dos princípios fundamentais da República e da luta pela igualdade na diversidade, para que possamos construir um Brasil verdadeiramente democrático, mais justo e plural.
[1] Nota da Universidade Federal de Santa Catarina sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito instalada para investigar a atuação da Funai e do Incra.
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Publicado em 27/04/2017 às 17:21
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Pesquisadora lança obra sobre Hip Hop da Grande Florianópolis e da Grande Lisboa
Publicado em 24/04/2017 às 11:39O que tem em comum no som produzido nas periferias de Florianópolis e de Lisboa? No embalo do Hip Hop, a pesquisadora Angela Maria de Souza lança no dia 2 de maio a obra “A Caminhada é Longa e o Chão Tá Liso”, uma análise das músicas na periferia da Grande Florianópolis e da Grande Lisboa.
O livro é resultado da pesquisa de Ângela no doutorado em Antropologia Social na Universidade Federal de Santa Catarina em parceria com o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Ela trata sobre o Rap de Quebrada, o Rap Floripa e o Rap Gospel, assim como o Rap Crioulo de Portugal.
Para os interessados em música e cultura urbana, é uma oportunidade para saber mais sobre questões do dia-a-dia urbano mundial: racismo, discriminação, violência e desigualdade.
O lançamento de “A Caminhada é Longa e o Chão Tá Liso” será na sala Hassis, do Centro de Comunicação e Expressão da UFSC, às 19h. A entrada é gratuita. Os livros podem ser comprados no local.
Sobre a autora
Angela Maria de Souza está fazendo pós-doutorado em Ciências Humanas na UFSC e concluiu o doutorado e mestrado em Antropologia Social na mesma universidade, sempre pesquisando sobre Rap e movimentos nas periferias. Hoje atua como professora e pesquisadora na Universidade Federal da Integração Latino-Americana.
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COMUNICADO: Mudança no horário de funcionamento
Publicado em 07/04/2017 às 19:18A Secretaria comunica que, em razão do afastamento de um de seus servidores, o período de atendimento ao público (presencial e telefônico) ficará temporariamente restrito ao horário das 13h30 às 19h30.
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V ENADIR São Paulo 28 a 31 agosto 2017
Publicado em 27/03/2017 às 18:03Acontecerá na USP entre os dias 28 e 31 de agosto 2017 o V Encontro de Antropologia do Direito (ENADIR)O endereço de referência é http://enadir-2017.blogspot.frA conferência de abertura será uma homenagem à professora Mariza Correa, falecida no final no dia 27 de dezembro de 2016, pelo legado fundamental que nos deixou, inclusive por trabalhos seminais na interface entre Antropologia e Direito. A conferência será proferida pela professora Guita Grin Debert. -
AULA INAUGURAL PPGAS: 22 de março as 18h30 no auditorio do CED
Publicado em 17/03/2017 às 10:48O professor José Carlos Gomes dos Anjos, proferirá a aula inaugural do PPGAS na quarta dia 22 de março de 2017, às 18h30, no auditório do Centro de Ciências da Educação (CED) e terá como tema Tempo e possessão nos cultos de matriz africana. Carlos Anjos é doutor em Antropologia Social com pós-doutorado pela Ecole Normale Superieure de Paris (2007). Atualmente é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul atuando na Pós-Graduação em Sociologia e Desenvolvimento Rural. Trabalha com Sociologia de elites e Relações Interétnicas, Políticas públicas, elites intelectuais, desigualdade racial.
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Professor Visitante Estrangeiro: homologação do resultado final
Publicado em 14/03/2017 às 13:08Para abrir a publicação acesse PVE 2017-Homologação Resultado final
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Deferimentos nos pedidos de matrícula em disciplinas isoladas PPGAS 2017.1
Publicado em 09/03/2017 às 20:28Conforme informado no Calendário: 13/março – Início das aulas semestre 2017.1.
Para informações sobre horários e locais das aulas, acesse: Disciplinas 2017.1
SOMENTE OS CANDIDATOS LISTADOS ABAIXO DEVERÃO REALIZAR SUA INSCRIÇÃO NO LINK http://capg.sistemas.ufsc.br/inscricao/
O prazo para se inscrever vai até as 23:59 do dia 12 de março (domingo) e as matrículas serão efetuadas pela Secretaria em 13 de março (segunda-feira). *Não é necessário comparecer pessoalmente para efetuar a matrículaApenas os alunos abaixo listados foram aceitos.
Antropologia da Arte
- Domingos Silva
- Leisi Moya
- Leonardo Sagaz
- Luiz Mariano
- Michele Schmidt
- Pedro Anjos
Sociedades e Meio Ambiente
- Graziela Munchen Stein
Antropologia Urbana
- Belisa Moreira Santos
- Caroline Macário Cardoso
- Dalana de Matos Vianna
- Fábio Carvalho
- Graziela München
- Jordana Engler Hahn
- Lilian Louise Fabre Santos
- Nivia Feller
Antropologia da Saúde
- Franciele Theves da Rosa
Etnologia Indígena
- Bruna Klöppel
Tópicos Especiais em Antropologia VI (Antopologia e Linguagem)
- Ana Clara Siqueira
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Retificação: Homologação de Inscrições EDITAL No 39/DDP/PRODEGESP/2016, de 29 de agosto de 2016.
Publicado em 10/02/2017 às 11:31RETIFICAÇÃO
HOMOLOGAÇÃO DE INSCRIÇÕES
EDITAL No 39/DDP/PRODEGESP/2016, de 29 de agosto de 2016.
Processo Seletivo Simplificado para contratação de
Professor Visitante Estrangeiro
Inscrições Homologadas
Alexander James Flynn / Passaporte 507628407 Reino Unido
Bozena Karolina Bielenin-Lenczowska / Passaporte 78071116247 Polônia
José Giraldo Vega Suñol / Passaporte E209203 CUBA
Mathieu de Vienne / Passaporte 14DD10964 França
Paulo Jorge Pinto Raposo / Passaporte N176416 Portugal
Inscrições Não-Homologadas
Emanuel Valentin – Portador de título de doutorado há menos de 5 anos. Item 1.6 do Edital
Luiz Nilton Corrêa – Portador de título de doutorado há menos de 5 anos. Item 1.6 do Edital
Luz Stella Rodríguez Cáceres – Inscrição Incompleta – Ausência de pagamento de taxa de inscrição e formulário de inscrição – Item 1.5 do Edital
Florianópolis, 10 de fevereiro de 2017.
VÂNIA ZIKAN CARDOSO
Coordenadora