Lançamento do livro “‘Injusta agressão’ e outras formas de contar a morte”, da mestranda J. P. Klinkerfus
Local: Auditório do CFH, UFSC, Florianópolis/SC.
Data e horário: quinta-feira, 31/10, às 19h.
Para adquirir o livro: https://caravanagrupoeditorial.com.br/produto/injusta-agressao-e-outras-formas-de-contar-a-morte-uma-etnografia-do-portal-de-noticias-da-policia-militar-de-santa-catarina/
Mais informações: https://www.instagram.com/p/DBMMOVFR9wZ/?igsh=OGFibjhhcTdwaDBn
Memória e salvaguarda de terreiros: Tradições religiosas entre o oral, o imagético e o digital
Durante o doutorado, Díjna Torres apresentou a contrapartida de construir espaços de salvaguarda físicos e digitais, dentro dos terreiros pesquisados em Sergipe, para catalogar as imagens e documentos produzidos como memória nos espaços, como forma de preservar as narrativas e o conhecimento dos locais, além de servir como modelo para que outras casas possam catalogar seus registros. O objetivo deste encontro é apresentar como foi construída a relação com as casas de axé ao longo da pesquisa e os desdobramentos acerca da importância da preservação da memória a partir dos múltiplos olhares que compõem a complexidade imagética do Candomblé em Sergipe.
*Díjna Torres é jornalista, Doutora em Antropologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Mestra em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Em seu estágio pós-doutoral em História, pela UFS, desenvolveu uma iniciativa voltada à divulgação e fomento da história afro sergipana a partir do portal Kizomba dos Saberes. É especialista em educação e cultura afro-brasileira pelas Faculdades Integradas de Jacarepaguá, atua na área de produção cultural, religiões de matrizes africanas no Brasil, imagem, gênero e pesquisa aplicada.
Defesa de Tese de Doutorado de Jane Siqueira
Nota de pesar: falecimento de Daniel Kuaray Timóteo
Nosso querido Daniel Kuaray Timóteo Martins faleceu nessa quinta-feira, 26/09/24, após um acidente na BR 101. Transmitimos nossa solidariedade a familiares, a colegas, às amizades e a todas as pessoas que Dani tocou com sua sabedoria e leveza de suas palavras. Para quem não o conheceu, Daniel Kuaray, guarani, professor na aldeia M´Biguaçu, e egresso da UFSC, fez seu mestrado em Antropologia Social no PPGAS e despontava no doutorado com uma brilhante carreira como antropólogo, como liderança e intelectual indígena. Cito aqui as palavras de dedicatória de sua dissertação de mestrado, como uma forma de continuarmos o que Dani nos deixou:
“Ofereço Às divindades, aos elementos sagrados,
Às forças e energias que nos envolvem.
Às matas e aos animais, aos humanos e todo o conhecimento.
Dedico À memória das grandes anciãs.
Às lideranças e a minha comunidade que contribuíram com a pesquisa.
À orientadora e amigos pesquisadores e professores por esta pesquisa.
E a toda a criança que continuará tecendo a nossa história.
Aguyjevete…”
Homenagem a Alcindo Wherá Tupã, liderança espiritual guarani
Nesse final de semana (dia 14/09/2024), Alcindo Wherá Tupã, grande liderança espiritual guarani, se encantou e fez sua passagem para a Terra sem Males. Alcindo e sua companheira a cunha karaí Rosa Poty Djá (que também já fez sua passagem há alguns anos) foram amplamente conhecidos e respeitados na rede das aldeias guarani do sul e sudeste do Brasil como curadores e líderes espirituais dotados de grandes poderes e conhecimento. Nascidos na década de 1920, passaram grande parte de sua vida adulta mudando de um lugar para outro, convivendo com o aumento da ocupação não-indígena no território tradicional guarani e a violência que resultou desse processo.
Eles chegaram em Santa Catarina no final dos anos 1980 em uma migração inspirada por sonhos xamânicos e se fixaram por várias décadas na aldeia Yynn Moroti Wherá ou M’Biguaçu (Biguaçu, Santa Catarina) com o sonho de voltar a viver de acordo com o nhandereko, o modo de ser guarani. As características pessoais desse casal de anciões e sua busca pelo modo de vida guarani, bem como sua preocupação com a revitalização cultural, se expressaram em uma série de iniciativas criativas em áreas como saúde, educação e xamanismo. A reocupação da aldeia de M’Biguaçu por esta família extensa coincidiu com um processo de valorização da tradição que começou a se intensificar nos anos 1990 e teve como alguns de seus marcos a construção de uma nova opy (casa de reza), a edificação da primeira escola bilingue dentro da Terra Indígena, a retomada dos rituais noturnos de reza, canto e dança na casa de reza, a formação da rede da Aliança das Medicinas e a fundação da Igreja Nativa Tata Endy Rekowe, reacendendo o Fogo Sagrado Guarani.
Alcindo e Rosa foram responsáveis também por formar novas gerações de lideranças espirituais e políticas entre os Guarani, que hoje estão atuando em diferentes frentes, nas aldeias, em órgãos governamentais e na universidade, entre outros múltiplos espaços. Eles se foram em matéria, mas deixaram uma série de sementes, ensinamentos e exemplos para nos ajudar a adiar o fim do mundo.
O Núcleo de Estudos de Saberes e Saúde Indígena (NESSI) e o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFSC se solidarizam com a família e a comunidade pela sua perda.
Chamada interna para seleção de assessoria de comunicação do PPGAS/UFSC 2024/2025
Como forma de ampliar a divulgação das atividades realizadas no âmbito do PPGAS/UFSC, estamos novamente com inscrições abertas de chamada interna para seleção de assessoria de comunicação via contratação de prestador de serviço no período de setembro de 2024 a agosto de 2025.
Chamada interna para seleção de assessoria de comunicação do PPGAS_UFSC 2024.2
As candidaturas deverão ser enviadas para o email coordenacaoppgas@contato.ufsc.br .
O prazo para envio de candidaturas é até 24 de setembro.
Defesa de Tese de Doutorado de Ana Paula Henrique Salvan
Resultado Inscrições Matrícula Isolada 2024.2
A matrícula deve ser feita presencialmente na secretaria do PPGAS, na primeira semana de aula, mediante apresentação de documento de identificação. As aulas começam dia 02 de agosto.
Tópicos XII: Etnografias multiespécie e bens comuns na Améfrica Ladina – Profa. Andrea Mastrangelo
Deferidos:
Gabriel Kouke de Souza Sabanay
Gustavo Jubiraci Droguetti Lanza
Paula Pflüger Zanardi
Indeferidos:
Aline Morais Silva
Tópicos XI: Antropologia, trabalho e técnica – Profa. Viviane Vedana
Deferidos:
Amanda de Oliveira Gabinio
Paula Pflüger Zanardi
Raquel de Sá Pereira
CURSO DE EXTENSÃO “TALAL ASAD E O FORMAÇÕES DO SECULAR”
Em setembro e outubro de 2024, o professor Eduardo Dullo e a mestranda Gabriela Propp do NER, conjuntamente com o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGAS/UFRGS), em parceria com o professor Bruno Reinhardt e o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGAS/UFSC), organizaram um curso de extensão dedicado a um dos mais importantes antropólogos vivos: Talal Asad! O curso reunirá oito docentes de diferentes universidades do Brasil e do exterior para trazer para você uma discussão sobre religião, política, corpo, colonialismo… O curso está estruturado a partir de um livro que inaugurou grande parte do debate sobre secularismo na Antropologia e nas ciências humanas em geral: “Formações do Secular: Cristianismo, Islã, Modernidade”, publicado em 2003, mas traduzido pela Editora da Unifesp em 2021. As quatro aulas terão duração de 1 hora e 30 minutos cada, com duas exposições de 20 minutos e bastante tempo para dúvidas e debates. Cada aula cobrirá uma das partes do livro: Introdução, Secular, Secularismo, Secularização. Não deixe de adquirir seu livro e fazer as leituras antes das aulas para conseguir aproveitar ao máximo!
Para acompanhar o curso, se inscreva no formulário: https://forms.gle/hSaZGGL3BKFD4w2K8
O livro está disponível no site da Editora: https://www.editoraunifesp.com.br/produto/formacoes+do+secular.aspx
Encontro 1 – Introdução: Talal Asad
(19h 05 Setembro – quinta)
Eduardo Dullo (UFRGS)
Marcelo M. Mello (UFBA)
Encontro 2 – Secular
(19h 18 Setembro – quarta-feira)
Cynthia Sarti (UNIFESP)
Bruno Reinhardt (UFSC)
Encontro 3 – Secularismo
(19h 02 Outubro – quarta-feira)
Henrique Antunes (CEBRAP)
Alana Sá (Univ. Toronto)
Encontro 4 – Secularização
(19h 08 Outubro – terça-feira)
Cleonardo Mauricio Jr. (Museu Nacional/UFRJ)
Leonardo Schiocchet (Univ. Viena)